Fornos de Cazón. Desenhos com cinzas e carvão em paginas de caderno. Interior dos fornos Fuego. Still...
Fornos de Cazón.
Interior dos fornos
Fuego. Still de vídeo. Para assitir clique aqui > https://vimeo.com/126704295
Cenizas. still de video. Para assitir clique aqui >https://vimeo.com/126707432
Coletas:
Processos desenvolvidos no Minimo: Programa de Residencias do Centro Rural de Arte. Cazón, Saladillo - Argentina, abril de 2015.
Durante a residencia, pude realizar algumas caminhadas pelas ruas de Cazón (povoado do município de Saladillo, localizada a 180 km de Buenos Aires. Cazón possui uma população de aproximadamente 200 pessoas).
Algumas edificações, a linha de trem, os galpões para armazenamento de grãos foram locais que me chamaram bastante a atenção. Porém, um local em especifico me foi apresentado já no segundo dia de residencia:os fornos em desuso de Cazón.
Estes fornos estão localizados dentro de uma área particular. Há também nesta área uma casa que está fechada por anos. Ao todo são quatro fornos, que funcionaram ate década de noventa (por volta de 1992-94) realizando a queima de lenha e fabricação de carvão.
Não se sabe muito bem, mas há relatos que os carvões após a queima, eram enviados a San Juan, onde passavam por um novo processo de queima, e que provavelmente serviam para usos militares.
Percorrer as estórias que cercam o lugar, conversar com os moradores da cidade que lembravam do funcionamento dos fornos e outros que trabalharam ali, entrar para conhecer o atual estado da estrutura de tijolos, foram alguns procedimentos por quais passei estes dez dias em residencia.
Observando o processo como um todo, acredito ter selecionado dois elementos que potencializaram todas minhas ações:
o fogo
as cinzas.
Foram realizadas experimentações em vídeo, das quais selecionei duas que podem ser vistas por aqui.
Com o uso do carvão e de cinzas foram feitos desenhos em um caderno.
Por fim algumas fotografias da passagem do tempo no local e a coleta de alguns materiais em situ compõe um grupo de objetos-situações realizadas.
Para apresentar o material produzido aos moradores de Cazón (e também abrir um outro campo de conversas e encontros) foi realizada uma fogueira e queima, em frente a balança pública da cidade, primeiro local onde fornos foram instalados antes de serem deslocados para um local mais afastado das casas e da entrada da cidade.
Agradecimento à população de Cazón que colaborou intensamente com o processo e a todos que compareceram à fogueira em noite de frio e vento. Em especial a Roberto, Carlos Migues, Martino, Juan e Cláudia (viveiro), Pepe; Centro Rural de Arte (Elina, Pablo, Majo, Luciano) e aos artistas porteños residentes Juan e Andreas.
__________________
Nota da realização da fogueira :
texto: Centro Rural de Arte
Fogata en la balanza pública
"Este martes 28 de abril a las 18hs. Glayson Arcanjo (Brasil) presenta una serie de videos, dibujos y objetos a partir de un conjunto de hornos de carbón deshabitados.
Un momento para intercambiar historias de fuego con los habitantes de Cazón.
El trabajo se realiza en el marco de una investigación sobre el dibujo y sus procesos y parte de la elaboración de estrategias poéticas que se dan en la elección, negociación, entrada y permanencia en espacios que están provisionalmente desocupados.
También participan de mínimo : programa de residencia Juan de Rosa (AR) que está ocupado en Lo crudo, lo cocido y lo podrido un caso de contacto culinario junto a la Escuela Agrotécnica. Y Andrea Basmagi (AR) que con los trabajadores del Vivero Municipal Eduardo L. Holmberg investiga en los bordes de acciones cotidianas en torno a la producción de plantas".
Durante a residencia, pude realizar algumas caminhadas pelas ruas de Cazón (povoado do município de Saladillo, localizada a 180 km de Buenos Aires. Cazón possui uma população de aproximadamente 200 pessoas).
Algumas edificações, a linha de trem, os galpões para armazenamento de grãos foram locais que me chamaram bastante a atenção. Porém, um local em especifico me foi apresentado já no segundo dia de residencia:os fornos em desuso de Cazón.
Estes fornos estão localizados dentro de uma área particular. Há também nesta área uma casa que está fechada por anos. Ao todo são quatro fornos, que funcionaram ate década de noventa (por volta de 1992-94) realizando a queima de lenha e fabricação de carvão.
Não se sabe muito bem, mas há relatos que os carvões após a queima, eram enviados a San Juan, onde passavam por um novo processo de queima, e que provavelmente serviam para usos militares.
Percorrer as estórias que cercam o lugar, conversar com os moradores da cidade que lembravam do funcionamento dos fornos e outros que trabalharam ali, entrar para conhecer o atual estado da estrutura de tijolos, foram alguns procedimentos por quais passei estes dez dias em residencia.
Observando o processo como um todo, acredito ter selecionado dois elementos que potencializaram todas minhas ações:
o fogo
as cinzas.
Foram realizadas experimentações em vídeo, das quais selecionei duas que podem ser vistas por aqui.
Com o uso do carvão e de cinzas foram feitos desenhos em um caderno.
Por fim algumas fotografias da passagem do tempo no local e a coleta de alguns materiais em situ compõe um grupo de objetos-situações realizadas.
Para apresentar o material produzido aos moradores de Cazón (e também abrir um outro campo de conversas e encontros) foi realizada uma fogueira e queima, em frente a balança pública da cidade, primeiro local onde fornos foram instalados antes de serem deslocados para um local mais afastado das casas e da entrada da cidade.
Agradecimento à população de Cazón que colaborou intensamente com o processo e a todos que compareceram à fogueira em noite de frio e vento. Em especial a Roberto, Carlos Migues, Martino, Juan e Cláudia (viveiro), Pepe; Centro Rural de Arte (Elina, Pablo, Majo, Luciano) e aos artistas porteños residentes Juan e Andreas.
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Nota da realização da fogueira :
texto: Centro Rural de Arte
Fogata en la balanza pública
"Este martes 28 de abril a las 18hs. Glayson Arcanjo (Brasil) presenta una serie de videos, dibujos y objetos a partir de un conjunto de hornos de carbón deshabitados.
Un momento para intercambiar historias de fuego con los habitantes de Cazón.
El trabajo se realiza en el marco de una investigación sobre el dibujo y sus procesos y parte de la elaboración de estrategias poéticas que se dan en la elección, negociación, entrada y permanencia en espacios que están provisionalmente desocupados.
También participan de mínimo : programa de residencia Juan de Rosa (AR) que está ocupado en Lo crudo, lo cocido y lo podrido un caso de contacto culinario junto a la Escuela Agrotécnica. Y Andrea Basmagi (AR) que con los trabajadores del Vivero Municipal Eduardo L. Holmberg investiga en los bordes de acciones cotidianas en torno a la producción de plantas".